quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Primeiro Dia no Chile: Santiago - 18 Outubro Museu/ Restaurante Giratório/ La Chascona



Enquanto aguardo baixar as minhas, ilustro com esta bela foto de Santiago conseguida no site Alma Carioca, na internet.

Também deixo o link de encontro anterior em vídeo: http://www.poetasdelmundo.com/Noticias/2688
Saímos de casa às 3 da madrugada. Era necessário chegar ao aeroporto com antecedência de duas horas e o vôo estava marcado para as 6 horas. O avião decolou pontualmente para São Paulo, mas no aeroporto de Guarulhos ficamos muito tempo aguardando para desembarcar. Temi que não houvesse tempo para embarcar no voo que partiria às 8:20h para Santiago, no Chile. Deu tempo.


Sobre a Cordilheira dos Andes

A três mil e seiscentos de altitude
não se percebe vida
mas há

Não se percebe violência
tudo parece paz

Sobrevoando a Cordilheira dos Andes
o avião parece plainar

Não se percebe a distância sendo percorrida
Vê-se um espetáculo de picos
e sua brancura

Tem-se aos pés
a grandeza do universo
e há que se respeitar

Bilá Bernardes

Na segunda-feira, dia 18 de Outubro de 2011, graças ao presente da amiga Graça Rezende, descemos no aeroporto de Santiago-Chile.

Fomos direto para o Hotel Londres, no bairro Universitário. Descanso foi a nossa prioridade nesse dia.
na manhã seguinte, tivemos a primeira demonstração de solidariedade e apreço que o povo chileno tem pelo Brasil.





Uma gentil e atenciosa senhora, residente em Santiago, mas passava uns dias no hotel, e estava com seu filho e marido no café da manhã, ao ouvir-nos conversar, perguntou-nos de que região do Brasil éramos. Informou-nos sobre as exposições Brasil Brasileiro e de Delas que estavam no Museu Nacional de Bellas Artes, a poucas quadras do hotel. Ofereceu-se para nos acompanhar até lá e fomos.

Ximena ( não sei como é a escrita de seu nome, mas a pronúncia é esta) trabalha no Museu e foi nossa cicerone nesse passeio.








Caminhando pelas ruas (Calles), fomos apresentados à Biblioteca Nacional e, entre outras edificações, ao Cerro de Santa Lucía, um belo parque que mostra interessantes esculturas no espaço arborizado, com mirante para que se possa ver mais longe a cidade.










MUSEU NACIONAL DE BELLAS ARTES

Este é um dos mais antigos museus de Arte da América Latina. e é uma das mais importantes instituições do Chile, segundo o site Wikipédia.


Bela arquitetura. Belas exposições.




Neste saguão, pudemos ver e fotografar esculturas em mármore que lembram as que visitamos nos Museus do Prado, em Madri, Vaticano e cidades da Grécia e Turquia, com vestígios da dominação romana.





Tão bela escultura merece um close:

Maria das Graças sendo fotografada por Otaviano.


Nas duas primeiras e nas fotos abaixo, vê-se detalhes da arquitetura no saguão de entrada do Museu.


Otaviano, eterno professor, dialogando com as crianças e professoras que aguardavam o guia para a visita.










Em seguida, adentramos aos recintos onde estavam as exposições:
Degas escultor, impresiones de la vida moderna" do MAP - SP - Brasil,
Muestra de Pintura: "Brasil Brasileiro" e
"Galileo Galilei", de Alex Flemming - esta permanecerá até janeiro de 2012.



Alex Flemming , brasileiro, artista multimídia abriu "dia 06 de setembro, a exposição individual Sistema Uniplanetário – In Memorian Galileu Galilei no Museu de Belas Artes do Chile (MNBA – Museo Nacional de Bellas Artes). Sucesso no Brasil quando foi apresentada na Pinacoteca do estado de São Paulo em 2010, a instalação apresenta 50 globos escolares rodopiando em órbita sobre toca-discos mudos, onde cada planeta deve ser considerado um indivíduo pertencente ao seu espaço físico." No museu havia um cartaz com pedido de doações de toca-discos pois são aparelhos que param por defeitos e não se encontram para compra.
Como não eram permitidas fotos das exposições, sugiro clicar nos links para ver.

Ximena mostrou-nos a estação de metrô Santa Lucía onde embarcaríamos para ir até o Restaurante Giratório - referência dada a Otaviano para almoçar junto à Cordilheira dos Andes e à paisagem de Santiago que muda na medida em que o tablado - em que ficam as mesas - girava.

RESTAURANTE GIRATÓRIO - SANTIAGO - CHILE









Obs.: O Restaurante Giratório fica logo à saída da Estação de Metro "Los Leones".  O hotel onde estávamos fica próximo à estação Universidade do Chile. Lá descemos e, seguindo, vimos a Igreja de São francisco onde entramos. Soubemos que é uma das mais antigas igrejas da cidade. De lá, seguindo a pé para o hotel, nos encontramos com o grupo de Poetas del Mundo. Feliz encontro! Logo após a manifestação de abertura do encontro, em taxi, seguimos a conhecer a casa de Pablo Neruda em Santiago.

La Chascona

La Chascona, hoje Casa Museu, foi comprada e reformada por Neruda, desde 1853,  com ajuda dos arquitetos Germán Rodriguez Arias (catalão) e Carlos Matner (que continuou a construção depois que Germán voltou à Europa). Tem o formato de um barco, como as outras duas casas,  mostrando uma paixão do poeta.  Fica no bairro Bella Vista, em Santiago.

O nome La Chascona era o apelido carinhoso dado à amante Matilde Urrutia, a amante que ficou com Neruda até sua morte e manteve a casa "ressucitando-a" quando depredada, em 1973, com o golpe militar e a morte de salvador Allende.



Enquanto esperávamos para entrar no Museu, pudemos conversar  entre nós, os poetas: margerita, de Cuba, que mora na Califórnia;  Facundo, um dos colaboradores de Luis Arias no evento; David Altamirano, que já esteve em Belo Horizonte, no encontro de 2009. Iniciamos apresentação de poemas, falados e lidos. Assim, rapidamente a hora passou.


Los Trenes




Terminada a visita, o desejo era ficar um pouco mais nesse espaço que tinha a energia da natureza, do poeta e do amor que perdura, mesmo após a morte.

Não se pode fotografar o interior da casa. As diversas coleções de louças e diferentes objetos que se vê, dá uma idéia da personalidade de neruda e de seus valores. Pode-se ver objetos de valor financeiro e outros como plásticos e pelúcias.  


Pode-se ver na casa, uma pintura com retrato de Matilde, com duas cabeças. Prestando atenção ao cabelo, dá para ver o perfil de Neruda, na época mantendo romance secreto com o grande amor de sua vida. A tela é de Diego Rivera.



Ceia de Boas Vindas aos Poetas / Cena de Bienvenida

À noite, seguimos para o encontro de boas vindas no restaurante do Hotel Londres,  à rua Londres, 38.


As fotos não estão muito bem, pois o flash não funcionou, mas deixo-as assim mesmo para registro dos momentos felizes que ali passamos. Após o jantar, soubemos que estaríamos divididos em três grupos para as visitas poéticas do dia seguinte. Nosso grupo visitaria a Mina de Teniente, de cobre,  a maior mina do mundo.







sexta-feira, 8 de julho de 2011

Conhecendo também o Brasil: começando por Belo Horizonte

A partir de agora, publicaremos fotos e comentários sobre viagens ao Brasil. Começamos com a cidade de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais.

 Fotos feitas de janela no bairro João Pinheiro. Ao fundo avista-se em três ângulos diferentes, parte da Serra do Curral, uma cadeia de montanhas que cerca a cidade e que é parte da Serra do espinhaço. Por isso o nome curral. Foi a serra que deu o primeiro nome da cidade: Curral del Rei. Em 1901 é que foi batizada com o nome atual.




Belo Horizonte é uma cidade planejada e mantém as ruas e avenidas da planta inicial dentro do espaço cercado pela Avenida do Contorno. É interessante que suas ruas recebem outros nomes ao atravessarem esta avenida.
Apesar de seus mais de dois milhões de habitantes, Belo Horizonte conserva algumas características de pequenas cidades, onde as pessoas se conhecem.


...
.                                                                                                     
CAPITAL HUMANIZADA

Morar na capital
sentir-me no interior
   
Morar na capital   
  ser reconhecida 
reconhecer 
pessoas que passam 
pelas ruas

cumprimentar e conversar
perguntar pela saúde da avó
pelo rendimento escolar do filho
dar notícias do senhor da esquina
que passou mal
mas já melhorou

Morar na capital 
e encontrar a casa dos amigos
sem saber o número ou
o nome da rua

Morar na capital
e ter como referências
de localização
um sinal 
( mais que mapas e plantas)
pessoas e lugares comuns:

mercado, farmácia,    
banca de revistas
  a lanchonete onde
  se faz suco de açaí
próxima ao Banco onde o gerente
se chama Jaci
...
Ainda é assim a BH dos mineiros
que se recusam a ser
engolidos e mecanizados
pela modernidade
na metrópole que cresce
ligeira
 ...
Mantêm a cidade
a serviço dos seres humanos,
faceira


                                                                          Bilá Bernardes

 

  Este poema foi publicado em: Maria José de Castro Alves. Belo Horizonte em Verso e Prosa.  Belo Horizonte: faculdade de Letras da UFMG, Linha Ed. Tela e Texto, 2008. 64p. Também circulou, durante o ano de 2010, em ônibus coletivos de BH, selecionado no programa Leitura para Todos, uma parceria BHTRANS e  Tela e Texto.

 Abaixo, fotos feitas de janela na Av. Bias Fortes, próximo à  Praça Raul Soares. Esta sequência de fotografias, feitas por Angélica Rodrigues, mostram o porquê do nome Belo Horizonte para a capital de Minas Gerais.


Detalhe da escada no Palácio da Liberdade




Hélio Pellegrino e Paulo Mendes Campos, escritores de MG
Junto a Fernado Sabino e Otto Lara Resende, são presenças marcadas na calçada da Biblioteca Estadual.


Um grupo de poetas caminha pelo parque municipal Américo Rennê Gianetti, no centro da cidade. Árvores centenárias, belos jardins, praças e lago são atrações do parque.

Se quer conhecer atualidades sobre Belo Horizonte, acesse o site da PBH. Se seu interesse é pela história e informações gerais, acesse as páginas da wikipédia.


O vídeo abaixo tem diversas fotos desta cidade e música sobre poema de Bilá Bernardes: