sexta-feira, 15 de abril de 2011

Última Cidade da Viagem: Porto - Portugal





Em Coimbra, adquirimos passagem de trem que nos levou direto à Cidade do Porto; algumas horas de passeio agradável que curtimos apreciando paisagens diversas por campos e cidades pelas quais passávamos.
Para entrarmos na cidade, o trem passa sobre a imensa ponte abaixo, que fotografei assim que houve oportunidade.






Ao chegarmos,saímos à procura de hotel. Pretendíamos ficar no IBIS, mas ao procurar informações sobre seu endereço em uma loja, a proprietária sugeriu que ficássemos no Hotel São José, onde muitos brasileiros ficam.




Belos vestidos nas vitrines mostram-me o bom gosto para se vestirem.




O que mais observamos foi a limpeza dos lugares públicos. Observem a calçada em frente à bela e antiga construção. Caminhávamos em direção ao ônibus que nos levasse a um tour pela cidade como fizemos em Lisboa e Coimbra.



De dentro do autobus, fiz as inúmeras fotos desta cidade que nos encanta e deixa a certeza de que aqui viveríamos bem e para este lugar gostaríamos de voltar.


" Debruçado sobre o rio Douro, o Porto é uma das mais antigas cidades da Europa. Nasce e desenvolve-se durante a Idade Média, a partir da imagem norte do Rio Douro. Um dos aspectos mais significativos do Porto e do centro histórico é o seu enquadramento paisagístico, fruto da harmonia das suas linhas e da sua estrutura urbanística, que constituem um conjunto de rara beleza. A cidade foi classificada como Património da UNESCO em 1996. Descobrir o Porto é ir ao encontro de muitas surpresas. Ao lado do carácter hospitaleiro e conservador há uma cidade contemporânea e criativa. As marcas deste “saber estar” sentem-se nas ruas, na arquitectura e nos monumentos, nos museus, nos espaços de lazer, nas esplanadas e nas zonas comerciais."

Este texto, copiei-o do encarte Porto Turismo, que tem outras belas fotos da cidade.

Ao longo do rio D'Oiro, pedras, uma área de areia, vez em quando gramados, esculturas e até um estacionamento, mas o que impressiona é a beleza do rio e de suas pontes, junto à calma com que deslizam suas águas levando barqueiros em suas pequenas embarcações ou turistas em passeios que incluem degustação de vinhos e almoço onde não falta o bacalhau do Porto.






é uma árvore muito comum por aqui. Nós a encontramos na Turquia, na Grécia e, também, aqui em Porto.


Nesta paisagem da cidade do Porto, um carrinho de bebê e a cuidadora sentada compõem a paisagem.




Não sei se a árvore reverencia a escultura ou se esta se curva ante a beleza da natureza.

Jogar basquete em local tão belo deve desviar a bola da cesta em favor da contemplação da natureza... só mesmo quem já não se surpreende com tão lindo contraste entre o que Deus fez e a obra do homem é que conseguiria se concentrar no jogo.

Mais uma ponte leva pedestres sobre água e pedras para se chegar mais próximo do que a paisagem oferece.


Por ali se vai de Porto a outros lugarejos que têm no colorido dos telhados e casas o encanto que atrái nosso olhar.

De dentro do autobus (como se denomina ônibus em Portugal), com sua boina portuguesa, Otaviano nem percebe que é modelo fotográfico!


Com tanta coisa bela pelo caminho, quem pensa em saída de emergência? rs. Só na foto é que percebemos a inscrição.


As janelas do ônibus emolduram a ponte em curva e as construções na colina cujos telhados parecem terem sido trocados em tempo recente, tão limpos permanecem. Fazem-me concluir que não há poluição em Portugal. Já observara esse detalhe em Lisboa, Fátima e Coimbra. Aqui é constatação.




Quando se pensa que chegou terra firma, surge mais uma ponte sobre trecho do rio D'Oiro.


Não há muito o que escrever. As fotos falam por si.



Como fui feliz ao fazer essa foto de dentro do ônibus em movimento! Quase sinto o movimento do barco, quase ouço o badalar dos sinos dessas igrejas.



Final do passeio e mais uma bela construção.







ASSÍ FOMOS ABRINDO AQUELES MARES
QUE GERAÇÃO ALGUMA NÃO ABRIU
AS NOVAS ILHAS VENDO E OS NOVOS ARES
QUE O GENEROSO HENRIQUE DESCOBRIU

                                            Os Luzíadas - Canto V 


Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente.
A obra é composta de dez cantos, 1102 estrofes que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC – oitava rima camoniana. A acção central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal, glorificando o povo português.  Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Lus%C3%ADadas 


Outras fontes para conhecer o CANTO V:  http://www.recantodasletras.com.br/trabalhosacademicos/1570311


http://www.oslusiadas.com/content/view/22/45/ 








O belo prédio que se vê atrás é a Casa da Moeda, ou Palácio da Bolsa. Durante o tempo que aqui ficamos, grupos de turistas e estudandes aqui chegaram em ônibus para visitá-la. Optamos por curtir o sol, o espaço aconchegante e observar as pessoas.

As nove fotos acima mostram momentos de descontração e curiosidade em conhecer a Praça D. Henrique, após descermos do ônibus com o tour turístico.


Em frente ao Café Piolho, aguardamos o poeta Carlos Vinagre.


Dentro do Café, experimentamos guloseimas típicas do Porto, algumas deixam saudade e desejo de encontrá-las aqui também.

O Café Piolho é um espaço tradicional de encontro dos universitários, poetas, escritores da cidade do Porto. Lá marcamos de nos encontrar com Carlos Vinagre que não pode comparecer, mas conhecemos outro escritor que também iria ao lançamento do livro de Alice Macêdo - Cinco cães em cada dedo - na Universidade de Letras. Ele nos orientou sobre os caminhos que nos levariam lá.



Informaram-nos que esta estátua de D. Pedro IV, o nosso D. Pedro I, foi posicionada de modo que ele fique de frente para o Brasil. Isso porque ele o amor por nosso país e falou de sua saudade até os últimos dias de vida.





Optamos pelo taxi, que não é caro, seu condutor foi gentil e nos orientou com presteza sobre a localização da Faculdade de Letras dentro da Universidade de Porto. A avenida da foto é a principal via que leva à universidade, construída em um bairro moderno, com belas construções, mantendo alguns casarões antigos preservados, como este logo abaixo.



Com a bateria descarregada, não pude fotografar o evento na Faculdade de Letras, portanto escaneio a capa do livro e posto aqui.
Esse livro desnuda a alma feminina em diversas situações. É quase um grito de alerta e denúncia. Vou postar um de seus poemas que mais me agradou apesar de ser difícil escolher apenas um.


Última foto antes de voltar ao Brasil

Esta ave veio todos os dias, exatamente às 17 horas, aguardar a fotografia que, certamente, muitos já fizeram dela. Ali é seu quarto de dormir e onde ela aguarda os primeiros raios de sol para seguir em direção ao rio ou ao mar. Quem sabe quantos vôos e que lugares já conheceu a buscar seu alimento diário!!..



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coimbra, Terra de Inez de Castro, de Camões

Coimbra não é famosa apenas pelo alto nível de suas universidades, nem só pelo saber do seu povo. É famosa por dezenas de outras virtudes retratadas em temas musicais. "É terra de Inez de Castro e de Camões; de raparigas lindas e encantadas; da que foi Santa e também Rainha"; onde "a saudade é sempre viva e acesa" e "onde é mais amarga e mais triste a tristeza." Enfim "é terra do fado, de poetas, de amores."

De posse da planta da cidade de Coimbra conseguida no Centro de Apoio ao turismo, ilustrada abaixo com respectivas lrgendas, Otaviano e eu saímos a pé pelas ruas da cidade. 

 Hotéis em Coimbra:

Retornamos aos espaços vistos através do ônibus, afinal queríamos ver de perto todos os encantos da cidade. Quisemos pisar e sentir a aragem que passa entre monumentos centenários e importantes. Conversamos com passantes; registramos em fotos e na memória algumas de suas expressivas belezas históricas. Entre as diversas raças miscigenadas a quem pedimos informações, os moçambiquenhos foram os mais prestativos, gentis e educados.
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Na parte mais antiga, Coimbra é uma cidade com ladeiras e ruas em curvas que lembram um pouco Ouro Preto/MG. De um dos pontos avista-se parte do rio Mondego que corta a cidade e é um de seus cartões postais. O hotel onde nos hospedamos localiza-se em uma das avenidas que o margeiam.

Nas duas fotos - acima e abaixo - vê-se, do outro lado do rio Mondego:
"Portugal dos Pequeninos" - cidade em miniaturas, o hotel que já foi sede do reino, moradia de D. Afonso Henriques e, segundo lenda relatada no auto car, o local onde Inez de Castro derramou suas últimas lágrimas.
(clique duas vezes na foto para ampliar)


Otaviano observa a construção de pedras que fica do outro lado.


Mansamente o rio Mondego corta a cidade de Coimbra. Em sua margem esquerda (na foto) ficam os hotéis Astória - que visitamos - e Ibis, onde nos hospedamos.



Otaviano sobe as ladeiras que o levariam à Universidade de Coimbra.






Acima o conglomerado da Universidade de Coimbra. Mais ao fundo, vê-se a Faculdade de Medicina, em frente à Faculdade de Direito.



D. Dinis, sexto rei de Portugal, era filho de D. Afonso III e D. Beatriz de Castela.
Nasceu em 9 de Outubro de 1261 e faleceu em 1325, em Santarém. Reinou por 46 anos, tendo sido aclamado, em Lisboa, em 1279, com apenas 19 anos. Nesse período, defendeu Portugal com garra de estadista que sabe onde pisa. Zelou pela justiça, introduzindo a defesa em todas as comarcas. Dedicado à agricultura no país, foi também incentivador da Marinha e da Cultura, com tradução de obras literárias e criação do Primeiro Estatuto da Universidade.
Casou-se com D. Isabel (enterrada em Santa Clara de Coimbra), ela filha de D. Pedro III e de Da. Constânça, reis de Aragão. A Rainha Santa como ficou conhecida casou-se - por procuração - com apenas 12 anos.
Conta uma lenda que o rei não gostava de saber que a rainha saía a distribuir alimento aos pobres e que, em uma dessas saídas colocara sua guarda a vigiá-la. Sendo abordada pelo próprio rei que perguntou: - O que levas minha rainha? ela respondeu: - São flores, meu Senhor!. Ele toma-lhe o cesto e dele caem rosas. Era pleno inverno e não havia roseiras floridas no país.
Após a morte de D. Dinis, ela recolheu-se ao convento de Santa Clara-a-Velha, de onde saiu somente para apaziguar desejos de guerra de seu filho D. Afonso IV, sucessor do pai ao trono de Portugal. Com a construção do Santa Clara-a-Nova, seu esquife foi trasladado mais uma vez. Hoje está exposto e não se decompôs o corpo; mantémse intacto em esquife de cristal, no convento.
Foi canonizada e é padroeira da cidade de Coimbra.

D. afonso IV, por sua vez, é o pai de D. PedroI, que sucedeu o pai em 1357, quando, conta a lenda e o relato de Camões em Os Lusíadas, mandou desenterrar sua amada Inez de Castro ( assassinada a mando de D. Afonso ) e coroá-la rainha.





Faculdade de Filosofia e Matemática

Faculdade de Economia









Detalhe do altar do Sagrado Coração de Jesus, na capela do Carmelo de Coimbra.


Antes de viajarmos em direção à cidade de Porto, saímos a conhecer mais da cultura popular de Coimbra, aproveitando a ida à estação ferroviária para compra das passagens. Encontramos, em uma lojinha de souvenirs, na Freguesia de Almedina,um CD de canções que nos agrada tanto que desejamos divulgar.

Leia história da Freguesia de Almedina no encarte