quarta-feira, 19 de junho de 2013

Uma Semana em Buenos Aires - Sexto Dia - 30/05/2013





Otaviano preferiu descansar no hotel. A opção foi sair sem ele e optamos por ir a lugares a que ele não queria. Primeiro, banco Itau, onde foi facílimo retirar dinheiro nos Caixas Eletrônicos. Nada de cartões bloqueados, nenhum problema no comércio. Bem melhor que Banco do Brasil.
Mais de uma pessoa nos relatou problemas com cartões do BB bloqueados mesmo após ser utilizado na cidade.

O Caminito é uma área  dentro do bairro La Boca que é cartão postal de Buenos Aires. É curioso o uso de telhas de amianto nas construções não somente para cobertura, mas como revestimento das paredes externas. As cores também são uma atração à parte.

Para ir ao Caminito, poderíamos tomar ônibus de circulação urbana, mas nos esbarramos na questão moedas. Nem hotel, nem comércio as tem para trocar o dinheiro e o ônibus só se paga com elas.

Depois do terrorismo que nos foi feito em relação a taxistas desonestos - não tivemos esses problemas - preferimos não nos arriscarmos. Fomos outra vez no Buenos Aires Bus, o que nos atrasou muito, pois dá voltas e voltas.

Entretanto, valeu a pena! Além do espaço curioso, de danças na rua, feiras de artesanato, o comércio de couro no Caminito é bom e com ótimo preço. Souvenirs também. Graça comprou um casal de dançarinos de tango em bronze em tamanho, mais ou menos 27cm de altura, lindo e a preço convidativo.  Só não comprei também pela questão do peso da bagagem.

As pessoas que trabalham com comércio são alegres e atenciosas. Gostam de conversar sobre o Brasil.

Já saíamos para voltar ao hotel quando fomos abordadas por um argentino simpático que atendia a todos que entrassem em uma galeria local. Era uma espécie de "garoto propaganda" para todas as lojas. Durante nossa peregrinação pelas lojas da Galeria, este senhor, cujo nome não recordo, nos antecipava para mostrar-nos onde havia algo que pudesse nos interessar. Apresentou-nos algumas telas e outros objetos de artistas plásticos locais que faziam sucesso entre brasileiros.

Comentei do encanto e curiosidade que nos despertara o trabalho de Jorge Iglesias. Algumas de suas telas eram parte do acervo do hotel. Uma delas, em especial, nos chamou a atenção. Ela retrata uma porta antiga em madeira pintada de branco junto a cortinas coloridas. De longe, uma dúvida: porta ou biombo? Não havia dobradiças nem marco ou fechaduras.



Resolvemos nos aproximar e, surpresa!!! a porta se movimenta!!



Se caminhávamos para a direita, ela se abria e uma jovem saía por ela;





Ao voltarmos para a esquerda, a ilusão é de que se fecha e a jovem desaparece.


Fizéramos várias fotos à noite, na tentativa de perceber o truque.

Elogiei a criatividade de Jorge Iglesias e falei do nosso encantamento.

Por isso, fomos abordadas depois. Ele queria nos apresentar um artista plástico - Guillermo Alio - que fora colega de Jorge Iglesias, desenhava e fazia aquarelas representando pares de dançarinos de tango. Belo o trabalho dele.




Guillermo nos falou de outros trabalhos geniais de Jorge. Um dels trazia à direita um poste com lanternas que acendia ou sumia dependendo do ângulo que se olhava.





Durante algum tempo ficamos admirando as aquarelas e conversando. Como já gastáramos o que tínhamos não pudemos comprar uma de suas obras. Então ele nos pediu que escrevêssemos nossos nomes em papéis que nos entregou. A partir dos nomes, ele desenhou um par de dançarinos. No meu, aproveitou o M inicial para formar o cabelo da dama.



O piso na calçada em uma das ruas do Caminito, incrível, é de madeira!!! Assim na rua!.


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